22 de Fevereiro de 2010

 

Exceptuando o bate-boca de António-Pedro Vasconcelos e Vasco Câmara da Ípsilon, que o apelidou de filme Xunga e de Junk Food, a crítica em torno dele parece ser que o filme é o que é: uma comédia romântica.

 

Ora, segundo o se lê o filme é igual a tanto outros de outras nacionalidades, sem inovar em qualquer campo, podendo ser visto em qualquer local do mundo que se aplicará aí. Verdade, mas para mim é uma lufada de ar fresco. O filme foi bem estruturado, bem escrito por Tiago Santos e bem representado por todos os actores presentes: Marco D’Almeida, Soraia Chaves, Pedro Laginha, Maria João Falcão, Virgílio Castelo, com participações especiais de Ivo Canelas, de Nicolau Breyner e com um surpreendente estreante Nuno Markle que faz as delícias da plateia como elemento cómico que se destaca entre os demais.

 

A Bela e o Paparazzo foi na sua essência criticado por ser um Nothing Hill português. No fundo e na sua essência é uma cópia das comédias românticas Norte-Americanas. Não tem como objectivo transmitir nada de novo, a não ser proporcionar um belo serão. E que mal é que tem?

 

Que mal têm filmes que servem única e exclusivamente para entreter numa tarde de domingo? Eu ri-me com as peripécias de Markl e a sua demanda de tornar o prédio um país independente, ri-me das suas t-shirts e adorei ver Lisboa no filme.

 

É um filme de tarde de domingo, uma comédia romântica ao jeito das norte-americanas que existem aos milhares… E depois? Ao menos é cinema em Português! 

publicado por Ricardo Fernandes às 11:31 link do post
26 de Novembro de 2007

publicado por Ricardo Fernandes às 12:51 link do post
26 de Novembro de 2007

A controvérsia em torno deste filme é o suficiente para nos levar a uma sala de cinema. Isso e o facto de podermos estar finalmente perante um grande filme português, afinal de contas e embora as caras sejam sobejamente conhecidas, a verdade é que mesmo depois de “Os Imortais” ainda estamos à espera de um grande filme português, podia ser este. Podia, não o é e arrisco-me a dizer que é o pior filme que alguma vez vi na minha vida. O próprio Ninja das Caldas (no seu elemento) consegue ser melhor em comparação. Será justo analisar esta montagem do produtor Alexandre Cebian Valente, uma vez que tantas foram as alterações ao filme que João Botelho como realizador não o assinou? Bem, acho que nunca o saberei pois não me atrevo a ver este filme novamente. Valente diz que para o DVD é capaz de surgir a versão João Botelho, mas a marca e o cunho pessoal de algumas cenas que são claramente dele, ainda me fazem mais do que me recusar a ver esta barbaridade, monstruosidade novamente.

 

Pois de facto, nunca imaginei que poderia dar 0 a um filme. Argumento não existe. As cenas são cortadas bruscamente, sugerindo ao espectador que estamos perante vários “sketches”, que retiram qualquer sentido ao filme, às tantas (e toda a gente seguiu isto nos jornais e na tv) não percebemos o que estamos a ver. Com esse argumento nulo, de facto não se pode exigir aos actores que cumpram a sua parte e tanto Margarida Vila Nova, Nicolau Breyner ou ainda António Cerdeira parecem amadores (Eu! Se estivesse a representar). Parece que os progressos feitos no pequeno ecrã (por muito poucos que tenham havido) não existem aqui, aliás o que vimos no excelente “Os Imortais”, ou ainda no mediano “Crime do Padre Amaro” (uma vez que estamos a falar de filmes portugueses para massas), foi como se não tivesse existido. A determinadas alturas até se ouve mais a banda sonora que as vozes dos actores.

 

Poderia dizer-se que o livro (cuja adaptação de João Monteiro é livre) não serve de base para um bom filme, mas aí eu estaria a ter uma ideia preconcebida, uma vez que nunca o li e não pretendo ler por sinal. Realmente não sei o que João Monteiro pretendia, o certo é que o filme começa muito mal, desenvolve-se mal e acaba ainda pior. Não revela nada que não tenhamos visto já na TV e nem sequer as cenas de sexo, tão sobejamente faladas fazem qualquer mossa ao espectador. À parte de um… “gang bang” com o que se supõe serem jogadores do Porto (um Quaresma um bocado gay) e uma cena completamente surreal da Margarida Vila Nova a ser puxada para dentro de agua, num acto de nudez gratuita, nada se vê que possa chocar ou causar impacto.

 

O meu conselho é simples, não vejam o filme. São quase duas horas que desperdiçam da vossa vida. Se tiverem mesmo que ver… esperem pelo DVD. Este filme é a maior m… Banhada da história. Notem que existem filmes maus. Existem filmes como por exemplo o Ataque dos Tomates Assassinos que de tão mau que é se torna um filme de culto, mas este mau acaba por ser vergonhoso. Esperemos que o “Call Girl” seja melhor ainda que sempre com os mesmos actores…

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Fujam!

publicado por Ricardo Fernandes às 12:47 link do post
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