A propósito de Resident Evil Extintion, é cada vez mais frequente a passagem de videojogos para o cinema. Não é que estejamos a ligar a xbox a uma tela de cinema (não era má ideia…), mas o facto é que cada vez mais é um dos novos factores de motivação em Hollywood, juntamente com as adaptações de comics e os remakes. Na realidade a adaptação dos videojogos ao cinema nos últimos tempos, é devida em grande parte, ao fruto da excelência pensante desse génio da realização mundial: Uwe Boll. É claro que agora também vamos ter adaptações que se avizinham algo “jeitosas” como Hitman, Halo, Broken Sword ou mesmo Prince of Pérsia, mas a verdade é que estas adaptações sempre foram muito infelizes.
Não posso dizer que os vi todos (graças a Deus) e embora eu esteja inclinado a maltratar Paul S. Anderson, vou mesmo pelo caminho mais fácil: Dr. Uva (alcunha atribuída pelo nosso amigo JBM, do Cineblog, na realidade o supracitado Uwe Boll).
Bloodrayne II: Deliverance
O jogo era simples. Uma vampira híbrida (meio humana, meio vampira, tipo Blade) tem duas facas enormes e anda a estraçalhar toda a gente à procura do seu criador. Não joguei ao segundo.
Este é capaz de ser o pior dos filmes de jogos que alguma vez viram a luz do dia! Assinado pelo senhor Uwe Boll, o filme para além de ser passado no velho oeste, parece que é filmado por uma camera de filmar ao ombro o tempo inteiro. É tudo mau: actores, set, script, filmagens. Nem sequer Natassia Matlthe se safa. (O primeiro também não é bom, mas ao menos sempre é melhorzito). Cowboys… o jogo era contra nazis!
House of The Dead
O jogo era um shooter. Não me lembro bem do enredo, mas sei que eram dois agentes especiais que iam para dentro da casa. O jogo embora existe para as consolas era originariamente um jogo de árcade, com pistolas.
O filme é uma miséria. Só não é tão mau quanto o anterior, pois ainda tem alguma técnica de filmagem e não estou a contar com as 800 inserções de imagens do próprio jogo a fazer as transições de cena. É que a história não existe. São uns miúdos que apanham um barco para ir a uma rave e acabam por se envolver em cenas estupidamente longas de gore e mais gore e mais gore, dá a sensação que é a mesma cena repetida ao ponto da exaustão. É realmente tão mau, tão mau, tão mau, que Erica Durance, mudou o nome pois assinou o filme como Erica Parker (tudo mentira esta parte, ela era casada com um Wes Parker). Na realidade, a única curiosidade é mesmo ver Durance, antes de ser a Lois Lane de Smallville. O que não é mentira é que as críticas nos EUA e no resto do planeta foram tão más que os distribuidores na Dinamarca, nem sequer se atreveram a comprar o filme.
Alone In The Dark
O jogo (Alone in The Dark IV: The New Nightmare) veio competir na altura com o Resident Evil 3. É muito similar em termos de jogabilidade e é um bom, jogo para quem gosta do género.
A melhor descrição para este filme encontra-se no IMDB. Reza assim: “This movie succeeds at being one of the most unique movies you've seen. However this comes from the fact that you can't make heads or tails of this mess. It almost seems as a series of challenges set up to determine whether or not you are willing to walk out of the movie and give up the money you just paid.” Eu não discordo nem um bocadinho, mas não chega a ser tão mau como os dois acima. A verdade é que eu gosto dos actores no filme. Christian Slater e Stephan Dorf. Também gosto da Tara Reid… quer dizer, um bocadinho. Eu realmente tive pena deles, o filme é um spin-off, do último jogo, mas é horrível. Slater não merecia isto. Chegamos ao ponto de ter pérolas neste filme como, a armadura do exército, serem fatos de paintball, ou os soldados a medirem o pulso a pessoas de luvas na mão. Boll, excede-se mesmo com dinheiro.
Bloodrayne
Chegamos ao fim dos filmes que vi do Uwe Boll. Não se apoquentem que ele já tem mais na calha. Postal, Far Cry, Dungeon Siege são apenas alguns. Este Bloodrayne, é mau, mas é um mau ao nível do Resident Evil. Ninguém pode dizer que não se consegue ver, como nos anteriores. É certo que consegue ser pior que RE, mas tem muitos actores conhecidos no elenco, tornando-o suportável: Ben Kingsley, Udo Kier, Billy Zane, Michelle Rodriguez, Michael Madsen, Matthew Davis e Meat Loaf. Propositadamente não escrevi Kristanna Loken. Ela é bestialmente… MÁ e não é ao mesmo tempo. Acho que o único bom papel dela é no (miserável) Terminator 3, onde têm para aí 4 falas durante hora e meia, mas aqui há momentos em que parece uma actriz razoável e outras parece um episódio dos Morangos com Açúcar (oi… 4 minutos de pausa… tudo bem?). Agora aqueles momentos a preto e branco de Ben Kingsley são realmente dolorosos.
Para a próxima ataco outro!