
Só por ser dia 6 de Junho de 2006, a carga emocional já vai no auge. Neste dia, e a ver um filme sobre o Diabo… ? Pior ainda. Por muito que não tenhamos religião, o certo é que somos educados num país católico. Isso reverte-se nos nossos pensamentos e acções do dia a dia.
O filme que fui ver é um remake do original de 1976, dirigido por Richard Donner (director entre outros de Superman e Arma Mortífera), com um relativo sucesso na altura. Relativo o suficiente para existirem mais 3 da saga e agora um remake. Devo dizer que foi uma jogada publicitária, excepcional. Uma estreia anormal a uma terça-feira no “dia do Diabo”. Eu não teria pensado melhor. O trailer é assustador o suficiente para interessar e devo dizer que o miúdo tá fenomenal, a sua expressão não tem preço…
O filme tem o seu inicio em Roma com o nascimento do filho de Robert Thorn (Liev Schreiber) o assistente de um embaixador norte-americano. Ao chegar ao Hospital, este descobre que o seu filho nasceu morto e que a sua mulher Katherine (Julia Stiles) não vai poder ter mais filhos. O padre regente da maternidade oferece-lhe a solução. No dia 06-06-06 às 06h-06m-06sg, a mesma hora e dia da morte do filho, nasce uma criança cuja mãe morre no parto. É-lhe oferecida a troca, ninguém tem de saber. Os dados estão lançados. O filho, Damien (Seamus Davey-Fitzpatrick), é na realidade o filho do Diabo, o anti-cristo e chega à terra para provocar a destruição da Humanidade.
Embora este filme nada acrescente ao original, o certo é que tem pormenores interessantes. É talvez o filme, onde mais notei a presença dos efeitos sonoros: desde a chuva a bater nos telhados, desde o barulho dos pássaros, até ao “puxar” (“bafo”) de um cigarro. Por outro lado é bastante morto visualmente, exceptuando os sonhos de Katherine onde especificamente num aparece com um roupão vermelho numa casa de banho branca.
Liev Schreiber é o actor principal e está presente em practicamente todo o filme. Creio que não tem perfil para esta personagem, uma vez que a sua expressão está inalterada desde que começa o filme até que acaba. Precisava-se de outro tipo de actor, mais uma vez creio que Clive Owen seria perfeito, mas este papel teria de ser para um americano. Julia Stiles, não foi a primeira escolha para o papel de Katherine. Esse papel foi inicialmente para Rachel Weiz que declinou o convite por estar grávida. Depois dela tentou-se Laura Linney, Hope Davis e Alicia Witt, até Mia Farrow (que também entra no filme) recomendar a Julia Stiles. Embora eu não ache que esteja mal no papel, o certo é que não há química entre o casal, e não há a energia que Lee Remick teve no primeiro filme. Mia Farrow, essa veterena excepcional, encarna na totalidade a sua personagem, tem a mesma figura, olhar e o modo de falar de um Adorador do Diabo. Ela é a ama de Damien. Por último, creio que Seamus Dayey Fitzpatrick faz um papel realmente assustador e espero o melhor deste miúdo.
Liev Schreiber é o actor principal e está presente em practicamente todo o filme. Creio que não tem perfil para esta personagem, uma vez que a sua expressão está inalterada desde que começa o filme até que acaba. Precisava-se de outro tipo de actor, mais uma vez creio que Clive Owen seria perfeito, mas este papel teria de ser para um americano. Julia Stiles, não foi a primeira escolha para o papel de Katherine. Esse papel foi inicialmente para Rachel Weiz que declinou o convite por estar grávida. Depois dela tentou-se Laura Linney, Hope Davis e Alicia Witt, até Mia Farrow (que também entra no filme) recomendar a Julia Stiles. Embora eu não ache que esteja mal no papel, o certo é que não há química entre o casal, e não há a energia que Lee Remick teve no primeiro filme. Mia Farrow, essa veterena excepcional, encarna na totalidade a sua personagem, tem a mesma figura, olhar e o modo de falar de um Adorador do Diabo. Ela é a ama de Damien. Por último, creio que Seamus Dayey Fitzpatrick faz um papel realmente assustador e espero o melhor deste miúdo.
Fica-me na retina, as imagens assustadores (poucas), o som é realmente muito bom. As cenas de morte estão melhores que as originais, mas de resto é um pouco aborrecido… Como já disse falta-lhe a energia e suspense do original. Ahhh, vai-me ficar sempre o marketing feito para este filme….

Vale a pena ver com a namorada… Cuidado com o braço!
