
X-men 3: The Final Stand, foi um filme que não me desiludiu, que cumpriu aquilo a que se havia proposto, mas que deixou água na boca. Este filme que “será” o final desta trilogia, deixou-me um pouco insatisfeito, não no argumento, ou nos efeitos especiais, mas por aquilo que eu queria do filme! Dos três, é provavelmente o que tem mais cenas fiéis à BD, mas ainda assim eu não queria uma cópia da BD, eu queria era mais!!!
Fiquei triste quando soube que a personagem de Kurt Wagner (Nocturno) não entraria neste filme (como já havia ficado para o segundo, quando o “Toad” não entrou), penso que a personagem dele estava muito bem conseguida, não há o porquê de o retirar, principalmente quando o jogo oficial do filme, tem 3 X-Men jogáveis e este é um deles. Existe claro para colmatar esta ausência, a introdução do “Beast” (Kelsey Gramar) e do “Angel”, bem como da “Callisto” (Dania Ramirez) e do Fanático/Juggernaut (o fantástico Vinnie Jones). Destes apenas o Anjo não se percebe o porquê de entrar no filme. A personagem tem imensas potencialidades… Raios é um dos membros fundadores dos X-Men, e tem aquele papel? Por outro lado a “Rogue”, “vampira” para nós, mais uma vez não é explorada e aparece mesmo muito pouco, neste filme. Creio que no cômputo geral, o enredo deste filme foi executado para fazer um ponto final na história, ou será essa a pretensão, daí que embora muitos capítulos sejam encerrados outros ficam em aberto (cuidado é um spoiler que aparece depois dos créditos finais).
Visualmente creio que o filme mantém-se fiel aos primeiros 2, ou seja muito bom. Brett Rattner não é Bryan Singer e embora eu não seja particularmente um grande fã deste último, creio que consegue ser melhor que o primeiro. Por outro lado, Rattner conseguiu passar a emoção do universo da BD para o filme, os outros dois não a têm. Como sempre os actores para os papéis são escolhidos a dedo (os novos actores) e exceptuando a presença da 3ª actriz para o papel de Kitty Pride, o filme neste ponto está muito fiel, aos seus princípios de não variar actores… Ver o Leonardo di Caprio a fazer de Wolverine, seria excepcional… Boas prestações como a de Ian Mckellen, eu espero sempre brilhantismo. Este Magneto, devo confessar que a primeira vez que vi assustei-me… mas o actor é genial e hoje nem me recordo se por acaso o Magneto tinha um ar mais novo e menos… Vulnerável. Hugh Jackman não está o Wolverine selvagem que todos gostamos, está um pouco mole, Famke Jansen encarna a Fénix na perfeição, Patrick Stewart como Professor X continua a cumprir, Halle Berry encarna pela primeira vez a Deusa (é incrível como os seus poderes não são explorados). Cumprem como já disse aquilo a que se propõe o filme.
Este filme toca num ponto fulcral da história dos X-Men, a saga da Fénix. Embora na BD a explicação para como Jean Grey passa a ser a ser a Fénix, é bem diferente da que vemos no cinema. Ela surge quando Lilandra Neranami, sucessora do trono do Império Shi'ar, pede ajuda a Charles Xavier e os seus X-Men, para derrotar o seu irmão, que queria obter o Cristal M'Kraan cujo poder permetiria controlar o universo. Os X-Men derrotam os maus da fita, e devolvem o cristal ao seu devido lugar, mas entretanto, uma entidade cósmica conhecida como Fénix se apodera-se de Jean Grey, para que esta pudesse proteger o cristal. Quando voltam à terra Fénix é o elemento mais poderoso do grupo, de tal forma forte que derrotaria todos os inimigos muito facilmente… Isto foi um problema, pois as vendas caíram. Os argumentistas tiveram então a ideia de separá-la do grupo, mas surge uma ideia melhor torná-la má! É criado então um novo grupo de inimigos para os X-Men: o Clube do Inferno. Este Clube liderado por Emma Frost (diz-se que vai haver um filme sobre ela), a Rainha Branca, tinha como pretensão dominar a mente de Fénix, para que esta torna-se a sua rainha. Quando ela é apanhada pelo clube, os X-men vão em seu auxílio, mas acabam por sair derrotados. Todos excepto um: Wolverine. Que derrota o clube e salva a sua amada Jean. Neste processo de dominação da mente de Fénix, a mesma fica corrompida e torna-se má… É o inicio da Fénix Negra. Ela derrota todos os X-Men e depois foge para o espaço, para se alimentar. O alimento não é nada mais nada menos que uma estrela. Mais uma vez volta à terra e derrota os X-Men, excepto Xavier que ao invadir a mente de Fénix consegue recuperar a bondade em Jean, deixando esta de ser a Fénix. Houve no entanto, um problema… Esta estrela era um planeta. Um planeta do Império Shi’ar. A agora imperatriz volta à terra para obter vingança, pelo acto de Jean e no processo acaba por ferir gravemente Scott Summers (Ciclope). A dor para Jean é tal que a Fénix Negra, volta. Lilandra ordena então a destruição de todo o sistema solar, na esperança da Fénix ser eliminada no processo. Xavier antecipa-se e manda os X-Men matar a Jean, no entanto esta antecipa-se e volta a controlar o seu lado bom e suicida-se. É o fim da saga da Fénix Negra. Na história da BD, Jean volta a aparecer nos X-Men. Como se morreu? Ora… Isso é outra história. Para quem não conhece a saga e viu o filme, pode reparar que há vários pontos que se tocam.
Não me vou alongar mais, creio que vale a pena ver o filme, para quem gosta e compreender o filme como isso mesmo… um filme. De entretenimento claro está, mas um filme e não uma BD com anos e anos de histórias entre as várias personagens. Espero que gostem do filme. Eu gostei.

(porque gosto da muito MARVEL)
