Exceptuando o bate-boca de António-Pedro Vasconcelos e Vasco Câmara da Ípsilon, que o apelidou de filme Xunga e de Junk Food, a crítica em torno dele parece ser que o filme é o que é: uma comédia romântica.
Ora, segundo o se lê o filme é igual a tanto outros de outras nacionalidades, sem inovar em qualquer campo, podendo ser visto em qualquer local do mundo que se aplicará aí. Verdade, mas para mim é uma lufada de ar fresco. O filme foi bem estruturado, bem escrito por Tiago Santos e bem representado por todos os actores presentes: Marco D’Almeida, Soraia Chaves, Pedro Laginha, Maria João Falcão, Virgílio Castelo, com participações especiais de Ivo Canelas, de Nicolau Breyner e com um surpreendente estreante Nuno Markle que faz as delícias da plateia como elemento cómico que se destaca entre os demais.
A Bela e o Paparazzo foi na sua essência criticado por ser um Nothing Hill português. No fundo e na sua essência é uma cópia das comédias românticas Norte-Americanas. Não tem como objectivo transmitir nada de novo, a não ser proporcionar um belo serão. E que mal é que tem?
Que mal têm filmes que servem única e exclusivamente para entreter numa tarde de domingo? Eu ri-me com as peripécias de Markl e a sua demanda de tornar o prédio um país independente, ri-me das suas t-shirts e adorei ver Lisboa no filme.
É um filme de tarde de domingo, uma comédia romântica ao jeito das norte-americanas que existem aos milhares… E depois? Ao menos é cinema em Português!