Voltar a ver Indiana Jones no cinema após tantos anos é sempre um prazer, Independentemente do filme ter a qualidade dos anteriores ou não. Muita tinta correu já sobre este filme e confesso que me perdi em tantas críticas más acerca do filme. Às vezes de tal maneira devastadoras que chegaram a ser cruéis e desmerecidas, para com o mais famoso arqueólogo da história do cinema.
É verdade que o filme peca em muitos capítulos, mas diverte. Também peca na diversão e no surrealismo com que se demonstra, mas creio ter sido uma decisão propositada de quem “o desenhou” e não propriamente um engano ou um erro. Todos já sabem sobre o tema principal do filme e cuja “religião” versa, portanto não vale a pena falar mais do mesmo.
Indiana Jones já não é o que era e aceita essa condição na integra. Há milhares de piadas acerca dessa sua condição. Sejam piadas físicas onde Indy já não consegue fazer o que fazia ou mesmo o próprio a reconhece-lo. É talvez aqui um dos pontos em que peca por demasia. Mas sobre a estrutura do filme em si, há que dize-lo não foge muito aos anteriores, aliás está cheio de homenagens aos anteriores, citações e até “cameos” da arca da aliança. E as novas personagens também acrescentam um ar da sua graça à saga, embora as senhoras "monstras" do cinema, não estejam tão bem... culpa do argumento, mas que fazer!
Têm a introdução (como no primeiro, onde se conhece o Némesis desta história), tem uma série de peripécias que não terão a ver com a história, tem conversas com o estado (militares, tal como no primeiro filme) e é neste caso reintroduzido na história principal da acção à procura de personagem com quem já se relacionou (primeiro e terceiro filmes). Também como no segundo, versa sobre uma “religião” desconhecida pela maioria dos espectadores. A Ciêntologia e o fascínio que ela possa suscitar, bem como as teorias do povo da atlantida ou do berço das civilizações Maya e Egípcias, não são o suficiente para cativar um povo profundamente judaico-cristão (claro culturalmente). Foi uma grande mente que ainda este sábado me disse uma expressão de Dalai Lama, que não posso deixar de concordar e de vos deixar aqui aquilo que creio ser a explicação para o total insucesso. “Embora uma pessoa mude de religião ao longo da sua vida, a verdade é que aquela que aprendeu em pequeno nunca deixará de o perseguir e ser sua até ao fim dos seus dias”. Mais palavra, menos palavra, a razão para o sucesso tanto do primeiro como do terceiro filmes foi o facto do “mito tratado” estar intimamente ligado à nossa cultura (e os filmes serem bons como o caraças), ao passo que ciêntologia, como foi o hinduísmo no segundo filme, não ter motivo para tanto sucesso. É aí a peça fulcral de desinteresse. Infelizmente e embora tenha inúmeras referências de ao primeiro e terceiro é no campo onde se assemelha ao segundo que é pior. A inexistência da procura arqueológica é brutal. Parece que o que interessava era só acção, acção e acção. Podiam ter gasto um pouco mais de tempo no mistério da descoberta e menos em situações de Macacada e frigorificos radioactivos.
Peca sobretudo em 3 pontos chave, na exaustão da piada da velhice, no surrealismo com que tudo se sucede e no próprio argumento, que é atabalhoado e mal construído. Mas é o Indiana Jones e revê-lo fez-me voltar a sonhar e saber porque raio é que me licenciei em História...
8/10 - Porque fartei-me de rir e fartei-me de vibrar!
Estive mais de um mês afastado deste mundo e confesso que houve alturas em que pensei não voltar. Ainda hoje estou meio relutante nesta volta, pois há uma parte de mim que quer fechar este capitulo e outra que não o quer deixar. A verdade é que a minha vida profissional mudou bastante e em conjunto com outras necessidades imediatas, não tenho o tempo que tinha para me dedicar a este blog. Estou preso a meio gás e embora o mantenha aberto, escreverei apenas quando sentir essa necessidade e dor no acto de escrita.
Portanto, meus amigos, não haverá lugar a mais jogos deste género (pelo menos até ter mais algum trabalho, onde... trabalhe menos), haverá sim as vulgas criticas e os top’s que tanto gosto, mas já não com a mesma frequência de então.
Brevemente as críticas de:
Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull
Ironman
Hulk
The Happening
What Happens In Vegas