
Mauro Fonseca - 9 Pontos.
RJ/Kriticinema - 6 Pontos.
Filipa - 1 Ponto.
Knoxville- 1 Ponto.
Wanderer - 1 Ponto.
Filipe Rosa - 1 Ponto.
Valada - 1 Ponto.
H. Goldstrike - 1 Ponto.
Há uns tempos andou aí um boato que Jean Claude Van Damme, Dolph Lundgreen e a máquina Chuck Norris iriam fazer um filme juntos. Mas a fundo a fundo era só um desejo do senhor Dolph em fazer um filme de acção com vedetas dos anos 80.
Agora surge outro rumor. Van Damme e Dolph Lundgreen podem voltar a encontrar-se numa possível sequela de Universal Soldier. Notaram o “podem” e o “possível”? É que mais uma vez não há confirmações de nada. A única coisinha que se sabe é que Van Damme tem um novo filme pela frente chamado Full Love e só por um relativo sucesso desse filme é que se pensará fazer esta sequela. Havendo já mais três filmes, o que não compreendo é como é que se fala numa sequela, mas nesta altura do campeonato, já não sei de nada.
Desde o inicio dos tempos o homem tem a necessidade de recolher, registar, relatar e deixar para a posteridade. Em tempos de crise ou não, o homem sempre procurou recolher os factos e apresenta-los como tal. Na pré-história temos as pinturas rupestres e na idade clássica temos escribas a relatar os acontecimentos. Hoje temos a televisão, os jornais, a internet.
Diary of Dead, poderia ter sido um grande filme. Não o é, mas tem claramente o olhar crítico de Romero perante a sociedade como todos sempre tiveram. Esta tentativa passiva de relatar, os factos tal como eles são acaba por cortar por completo alguma humanidade existente de entre ajuda tão característica nos filmes americanos. Mas Romero nunca foi de tendências e nunca foi de enaltecer o espírito de entre ajuda em épocas de crise, pelo contrário sempre optou por enaltecer o espírito de sobrevivência. Dentro do tema de observação toca ainda aspectos intrínsecos ao ser humano, como o abrandar o carro para ver e não para ajudar num acidente, mas não os desenvolve.
Se não tem surgido numa época em que o público começa a saturar de filmes como [REC] ou Cloverfield, talvez o impacto tenha sido outro. Esta história de um grupo de jovens cineastas que se faz à estrada no dia D do fim do mundo, acaba por ter uma imagem em comparação a Cloverfield, muito amadora e actores pouco convincentes em relação aos outros filmes de Zombies feitos por Romero. As mortes “dos mortos” essas sim são inovadoras.
7/10 – É sempre Romero.
Pela primeira vez ponho frente a frente um original e um remake . É verdade que analisando a fundo os dois acabam por ser distintos, sendo que o primeiro é mais afastado do que representou esta grande obra de Stephen King e o segundo embora mais perto do livro, acaba por ser menor em vários aspectos.
Como eu não sei manter qualquer tipo de suspense , já se percebeu que preferi o primeiro. Não que tenha um enredo aliciante ou que os actores estejam soberbos, mas o termo cagaço ” é bem aplicado aqui. A história passa pelo regresso do filho pródigo à sua terra natal. Um escritor bem sucedido volta para escrever o seu novo livro. O tema é uma casa que se diz amaldiçoada em Salem’s Lot . Não se percebendo bem o fascínio do escritor pela mesma, com a chegada de um vendedor de antiguidades que compra essa casa, começam a desaparecer pessoas e postumamente a tornarem-se vampiros. Nesta versão e embora hajam caras conhecidas do publico, o que realmente é digno de se ver é o old fashion horror com que é montado. A cena da criança a arranhar os vidros de uma janela pedindo permissão para entrar é das imagens mais horríveis que alguma vez vi. Não me importou tanto a história, cujas falhas em relação ao que está no livro são enormes, mas sim a intensidade do horror que esta adaptação consegue transmitir.
O “tal” remake já tem mais caras conhecidas. A vedeta de serviço é Rob Lowe e se o primeiro falha em aproximação ao livro, este ganha-lhe a milhas. Mas nunca consegue assustar, nem sequer passar da narrativa monótona. Os actores não conseguem transmitir nenhuma emoção através do pequeno ecrã e mesmo a homenagem ao primeiro do “arranhar das janelas” não consegue implicar um terço do cagaço ” original. Também aqui é de notar ou realçar a diferença do vampiro mestre que existe no primeiro filme. Aqui temos um Rutger Hauer sem um pingo de susto e no primeiro uma cópia exacta de Graf Orlok do filme Nosferatu .
Em suma, quem não quiser ler o livro creio que deverá ver o filme mais recente. É o mais fiel, é detalhado e explora personagens que o primeiro não ousou tocar, inventa um pouco, mas ao menos percebe-se a maioria das acções e simbioses entre os personagens. Também é mais curto. O primeiro, embora típico no sistema e métrica de filmes dos anos 70, não explora a história, acabando por se tornar grande demais com cenas apenas para criar suspense e sem grande influencia no decorrer da narrativa. Ainda assim transmite emoções, os tais cagaços e um constante “e agora?”, que o segundo nunca é capaz de fazer. Já sabem sustos = primeiro e História= segundo.
Salem's Lot (1979) 7/10
'Salem's Lot (2004) 5/10
Sam Tyler (John Simm) é um polícia que está pelos cabelos com um crime que não consegue solucionar. É o ano de nosso senhor 2006 e o criminoso consegue iludir a polícia, não deixando qualquer vestígio nas vítimas a não ser um fio sintético na unha das vítimas. Apenas com um suspeito que se prova não estar relacionado com o crime, Sam não sabe o que fazer. Tudo se complica quando através de um palpite a sua namorada (que também é polícia) vai ao encalço do suspeito e desaparece. Em pânico, Sam vai dar uma volta de carro e quando resolve para e sair do carro ao som de “Life on Mars” de David Bowie, é atropelado. O que parece um percurso regular numa série e sem grande interesse é alterado por este acontecimento. Sam acorda não num Hospital, mas 33 anos antes da sua época: 1973. Sem saber porquê, Sam vê-se inserido na vida da pacata cidade, mas algo é estranho pois sabe que está ali por uma razão, ele continua polícia e vai ter a hipótese de desvendar o crime que tanto o aterroriza no seu presente, neste “passado presente”.
Confesso que séries Britanicas sem componente de humor, nunca me foram apelativas e pouco sabia desta série. Apenas tinha o conhecimento que David E. Kelly (explicarei mais à frente), teria pegado nela e iria sair uma versão americana da mesma. Depois há outro factor: Actores com a cara do Rooney… não me parece. Para piorar faz-me confusão um tipo entrar no lado esquerdo do carro à frente e ser pendura. Mas isto é mesmo o pior, apenas e só. O tipo com cara de Ronney é John Simm, que embora não disfarce ser inglês é um grande actor, como é obvio não tem pinta de vedeta, mas se calhar também não era necessário. Agora o staff de 1973 que o rodeia é que é de facto um mimo e muito provavelmente a razão de David E. Kelly ter feito tanta força para ter esta adaptação nos EUA. Sam Tyler tem um chefe chamado Gene Hunt (Philip Glenister). Ora este Gene é um prato. É bruto, irresponsável, parvalhão, mas tem um excelente coração, aliás tem imensas características de Denny Crane, mas com total liberdade de pegar em armas, portanto podem imaginar o fascinio. Ora David E. Kelly para quem não sabe, não só é o criador de Boston Legal, como de e passo a citar: “ Doogie Howser M.D; L.A. Law; Picket Fences; Allu McBeal; Boston Public e The Practice”. Não só este ex-advogado só faz séries de sucesso e cria personagens míticos como piora tudo sendo casado com a mulher mais linda do planeta (sem ser a minha namorada claro) Michelle Pfeiffer. Se David E. Kelly foi suficiente para me fazer interessar pela série, esta acabou por ser muito melhor do que estava à espera. Tenho confiança na série americana, mas fiquei com medo, depois de ver o quão boa é esta britânica…
8/10 – Gene Hunt + Denny Crane = Bud Spencer????