Esperava este filme com alguma ansiedade. Sabido que é o meu gosto pessoal, em filmes sobre o fim dos tempos, onde o homem realça todo o mal e principalmente todo o bem que há em si, Cloverfield viria como uma lufada de ar fresco. I Am Legend, já no natal tinha feito, menção a um filme apocalíptico, sobre o fim dos tempos e o recomeçar do zero. Era pelo menos esta a ideia com que ia para a sala de cinema.
Sabia que ia haver um monstro, mas optei por ter muito pouca informação acerca deste filme. Não me desiludi. Não o comparei a qualquer outro filme, mas é de facto difícil de não achar que o filme é uma fórmula, muito mas muito, feliz da famosa “Equação Aritmética” de Edgar Ascensão em Brain-Mixer. Seria portanto… Blair Witch + Godzilla + War of The Worlds = Cloverfield.
O filme tem o ritmo muito bem ditado. Tão depressa estamos tontos e a fugir juntamente com os protagonistas, como estamos em agonia, e sem saber o que está a acontecer na globalidade. A verdade é que por ser um filme de camera ao ombro, só temos acesso ao que os protagonistas vêm, sentem e ouvem. É de facto diferente da Guerra dos Mundos, onde temos a perspectiva de Tom Cruise, mas essa é dada de uma forma mais abrangente e geral. Aqui não. Vivemos os personagens e com eles vivemos uma fuga e um salvamento por amor em Manhattan (isto é a minha tentativa de homenagem que existe no filme à capa do “Escape from New York”). Sufocamos mais e sofremos mais com este filme, que está, como já referi, mais “estrangulador” que a Guerra dos Mundos.
Temos acção, aventura, mistério… excelentes efeitos visuais, o monstro é de facto surpreendente. E temos uma história de amor.
Deve ser visto de preferência no cinema. É a minha grande escolha das primeiras semanas do ano. Ah, e meus amigos, não retirem o crédito devido ao realizador, J.J. Abrams não é o realizador… é Matt Reeves.
9/10
Para quem vê a série October Road... conhece esta rapariga!