10 a 6 aqui.
5. Big Fish
Este filme teve, tal como a sua música principal (Man of the Hour – Pearl Jam), um significado muito especial para mim. É no fundo um conto preenchido por vários “pequenos contos”, contados pela vida de um homem às portas da morte e a incapacidade do seu filho ver o extraordinário homem que tem pela frente. Confesso que fiquei com uma lágrima no canto do olho.
4. Edward Scissorhands
Talvez a grande obra-prima de Burton. Tudo neste filme é símbolo de perfeição. Desde a critica ao grande sonho americano, ao nos mostrar os estereótipos das casas, com o jogo de cores e as formas perfeitas. Desde a inocência perdida à banda sonora, passando pela fenomenal interpretação de Johnny Depp, tudo é perfeito.
Eduardo Mãos de Tesoura, é a fábula de um ser inacabado. Eduardo não tem mãos e sim tesouras no lugar das mesmas. Antes de ficar completo, o seu criador morre e acaba por ficar com tesouras em vez de mãos, sozinho no mundo. É descoberto por uma vendedora de cosmética que o tenta inserir na sua pequena sociedade.
Temos assim o início de uma história de amor, de moral, de perversidade. Um excelente filme. Como nota curiosa, o criador de Eduardo é interpretado por Vincent Price, cuja última cena em cinema antes de falecer, é precisamente a sua morte em Eduard ScissorHands.
3. Batman Returns
O segundo filme do cavaleiro das trevas feito por Burton. Há quem diga que este é o melhor filme sobre esse grande herói: Batman.
Eu gostei imenso do filme. Burton recriou a sua Gotham, para um ambiente, embora sombrio como no primeiro, mais “limpo”, claro. Gotham está coberta de neve, como se após o surgimento de Batman estivesse a voltar ao seu estado de pureza original.
Burton recria duas personagens importantíssimas na vida de Batman. O Pinguim, de Dany de Vito e Catwoaman, cuja figura forma classe e presença nada tem a ver com a aberração criada para Halle Berry, por Michelle Pfeiffer, a melhor presença feminina em qualquer Batman feito até hoje.
2. Nightmare Before Christmas
O primeiro e único musical que verdadeiramente gostei. É uma fábula de natal e embora não tenha sido realizada por Burton (se bem que se diz que embora estivesse ocupado com Batman Returns, não deixou nunca de o fazer, montar e editar, no próprio set de Batman, muito ao jeito do que Spielberg fez com ET e Poltergeist), foi totalmente idealizade de raiz por ele.
Este conto de natal, redescobre-o muito ao jeito “noir” de Burton e apresentou-nos um dos maiores ícones e trademarks de Burton: Jack Skellington.
1. Batman
Quando fui ver este filme ao cinema, tinha nove anos. Sempre gostei de Batman e por cá na altura só dava aquela série (um bocadinho para o… completamente idiota) do Batman “gordo” e do Robin. Em 1989, para alem de não ter compreendido Batman completamente, pois era implacável, matando inclusive, fiquei para sempre marcado pelo Joker de Jack Nicholson. Michael Keaton foi o Batman de serviço (na altura era o menino querido de Burton, tal como hoje é Johny Depp) e até Batman Begins foi sempre a melhor incarnação do Homem Morcego.
Continuo a achar este, o melhor Batman, pela revelação do mundo de Gotham que me provocou. Mais tarde quando li os livros de Miller, não pude deixar de notar que Burton se inspirou aqui, se bem que está sempre presente o seu cunho pessoal no filme.