Eu gosto do Halloween (digo-o pela milésima vez). Quando divulguei a notícia que Rob Zombie iria fazer o remake do Halloween, fiquei assustado. Este é um daqueles filmes, cujo gap temporal só é notado pelos carros e pelas roupas.
Assustou-me ainda mais quando vi a lista (o link está mais abaixo) de personagens e vi a imensidão de alterações ao argumento original.
Aliás, como já tinha referido parece centrar-se muito em Myers enquanto criança de forma a poder explicar quem é. O primeiro pensamento que me vem à cabeça é: explicar o quê ? Carpenter, criou-o como sendo o “The Shape”, ele nem era para ter nome! O facto do homem não falar e de não se saber porque raio anda ele a matar aquela gente toda, é que o torna aterrador.
Ora, um dos colaboradores do site Ain’t It Cool News, teve acesso ao script de Rob Zombie. Devo dizer que a primeira crítica é absolutamente devastadora e os meus medos vieram à tona, provando a teoria do “tá bom? Então não se mexe!”.
Ao que parece Zombie altera 3 pontos principais no filme. O primeiro é que Myers aparece-nos como uma criança normal que para além de levar na tromba todo o santo dia na escola, ainda chega a casa e leva do padrasto para além de o ouvir a dizer todas as formas como faz sexo com a mãe! O segundo é que Myers é o Hulk Hogan dos assassinos (para quem não sabe quem fará de Myers em adulto é o tipo que fez de Dentes de Sabre, no primeiro X-MEN). O terceiro é que o tipo fala, principalmente enquanto mata. Ok. Parou tudo. Aqui entra a famosa expressão: Mas o que é que é isto, oh meu?
O tipo fala? A mãe é prostituta, não tem pai e é musculado? Ele levar na tromba na escola eu ainda engulo, agora o resto? Como é que assim conseguimos ter medo dele? O que nos é apresentado aqui é um tipo vulgar e comum nos dias de hoje que cresceu com uma psicose, ou neurose, ou raios partam! Um tipo perfeitamente normal, errmm normal para um halterofilista (note-se que nos filmes anteriores Michael Myers sempre foi um rapaz normal). Ele fala o quê? “Anda cá que quero o teu sangue todo”! –“Vais Sentir a supremacia do mal”!
Sinceramente espero que como o autor da crítica ao script refere, isto ainda sofra muitas alterações. Se assim não o for, creio nem ir ao cinema (quanto a este ponto, aposto que já existirá o DVDRIP antes do filme estrear sequer em Portugal).
Vejam a opinião dele aqui.
Podem ver o que já escrevi sobre este remake aqui e aqui.