Esperava mais deste filme e fiquei desiludido com a falta de intriga e mistério tão pouco ou nada presentes. Como não li o romance de James Elroy, não sei se lhe justiça ou não, no entanto, creio que o autor não se terá perdido em 3 persongens durante toda a epopeia e dedicado tão pouco tempo ao crime que dá o nome ao livro.
Num elenco onde encontramos nomes como Josh Hartnett, Scarlett Johansson, Aaron Eckhart, Hilary Swank, Mia Kirshner, com tão boa performance, o filme era merecedor de um ambiente muito mais negro.
Para quem não sabe, este é o caso mais celebre de homícidios na California. Neste filme é nos dada a “verdadeira história” sobre o assassínio de Elizabeth Short, uma rapariga que sonhava ser actriz e que foi encontrada mutilada, desmenbrada e com um corte da ponta dos lábios até cada orelha. Sessenta anos depois, ainda não há uma solução para este enigmático caso, o que seria a premissa excepcional para este filme e onde eu sonhava encontrar um enrredo que me fizesse esquecer o mundo durante duas horas.
Como já disse acima o filme centra-se em 3 personagens que acabam por formar um triangulo amoroso: dois detectives (Hartnett e Eckhart) e uma ex-prostituta (Scarlett). Os dois acabam por ser destacados para o mais hediondo crime até então visto e depressa ficam sem soluções. Este desespero acaba por detriorar o relacionamento entre os dois detectives, o que faz com que a personagem de Scarlett até então junta com Eckhart, acabe por se aproximar de Harnett. Um facto a favor de Hilary Swank e Brian de Palma é que a personagem da mesma é introduzida bastante tarde na trama, mas sem qualquer mossa ao argumento. Outro facto será indescutívelmente a tão bem apresentada, visualmente, época de “glamour” da década de 40. Os cenários, roupas e até a postura de vocabulário, estão realmente muito bons.
São duas horas de filme centradas neste "romance" e vinte minutos no crime. Merecia mais.