Fartei-me de bocejar. Não é que não aprecie o esforço que nuestros hermanos fazem no cinema, principalmente no cinema de terror/ suspense, mas para além de imaginar outro tipo de história, só realmente fiquei de boca aberta no final do filme. Quero dizer que nem tudo o vem do outro lado da fronteira é bom.
Na sua maioria o filme é chato e aborrecido, onde várias ideias parecem quase despontar, mas que não chegam a lado nenhum e acabam por ser apenas mais um elemento no filme. É mais uma história como tantas outras que se fosse um filme norte americano, estaria ao nível de um Prom Night.
O Orfanato conta a história de uma familia que vai viver para um antigo orfanato, onde cresceu Belen Rueda (Laura) a actriz principal do filme. O plano é reconstrui-lo e torna-lo numa casa de acolhimento para crianças especiais. Após a reconstrução o casal faz uma festa de abertura do mesmo, o unico filho desaparece sem deixar vestigios. Explorando um pouco o que foi do caso Maddie e outro desaparecimento de uma rapariga de etnia cigana em Espanha, o filme torna-se a procura incessante de uma mulher pelo filho, ao mesmo tempo que vai tendo uns rasgos de misticismo que não se explicam, nem sequer fazem sentido, embora percebamos onde querem chegar. Salvando-se ao desastre completo, o final é anormalmente violento psicologicamente. Há um twist que quase ninguém espera e que é muito bem orquestrado por Juan Antonio Bayona.
Esse final realmente é a salvação do filme, mas é um final que não necessitava de toda a tentativa de um filme de sustos. Podia ser trabalhado de outra maneira tendo na mesma este twist poderoso, que Shyamalan não teve em The Happening.
5/10