Já se previa há muito tempo e agora foi de vez: Jericho não resistiu e amanhã é emitido o ultimo episódio desta série. Particularmente, Jericho foi uma surpresa agradável. O facto de estar sempre na corda bamba, levou a que os argumentistas arriscassem bastante de episódio em episódio, com apostas ganhas para quem acompanhou a série. E o problema foi esse. Muito pouca gente nos EUA, acompanhou a primeira série e só devido a uma campanha muito bem estruturada é que teve direito a uma mini segunda temporada de 7 episódios.
Existem 2 sétimos episódios. Um com o denominado “cliff-hanger” que dará mote para uma terceira temporada e outro que acaba a história de vez. Mesmo que outra emissora queira pegar em Jericho, ou exista a possibilidade de um filme, esse não será possível. Nos últimos dias confirmou-se que será esta segunda versão a ir para o ar amanhã. Skeet Ulrich o protagonista, já disse que será um final muito aquém do que esperam os fãs.
As razões para o insucesso desta série passam-me ao lado. Se eu me deliciei, nos EUA, pode ter sido considerada anti-americana, dada a sua natureza devastadora desse país. Pode ter sido boicotada, ou apenas pode ter sido desinteressante para um dos povos mais disformes que existe. O que me deixa um pouco revoltado, é que hoje em dia as séries não são só para o mercado americano. Aliás, grande parte das receitas da série, seja em edições de DVD ou mesmo transmissão televisiva, provém do velho continente, ou do asiático. De facto elas existem para dar audiências aos milhares de canais norte-americanos, as receitas publicitárias só de si devem pagar a série, mas não deixa de ser um pouco surpreendente o facto de sermos tão depressa descartados deste estudo de “income/outcome”. No final de contas, se os filmes de Steven Seagal, continuam a ser produzidos ainda que só tenham rendimento na Europa, não vejo porque não pensar “outside the box” em relação às séries.