04 de Junho de 2010

De tempos a tempos, as gentes dos cinemas resolvem reinventar temas e contar novas histórias sobre lendas já conhecidas. Robin Hood é um dos folclores ingleses que mais azo deu, a vários filmes e depois do Príncipe dos Ladrões, com Kevin Costner e Morgan Freeman, agora foi a vez de ser reinventando por Ridley Scott com Russel Crowe e Cate Blanchett a encabeçarem o novo fôlego desta mítica lenda.

 

Ao contrário do filme de Costner, que conseguiu condensar a história do regresso das cruzadas, o ficar proscrito e finalmente o nobre ladrão que derrota o temível Xerife de Nothingham, aqui é contada a história de como ele se torna o Príncipe dos Ladrões. Como refere o próprio filme, acaba quando a lenda começa.

 

Como seria de esperar, nem todos os personagens que conhecemos da história de Robin Hood, estão presentes e os que estão, quase não se fazem notar, porque o filme centra-se em temáticas que normalmente não são exploradas. A guerra de Ricardo, Coração de Leão, o regresso a Inglaterra e até uma cabala francesa, para conquistar o país, são os pontos onde o filme assenta e onde as mais de duas horas de filme, se arrastam em batalhas e batalhas.

 

Mas tudo é feito com primor, as lutas estão muito bem feitas, os cenários magníficos e tanto Crowe como Blanchett, nunca nos brindariam com uma má actuação, mas também não brilham. Designado como temível arqueiro, Robin nem uma mão cheia de vezes pega no arco. A sua história de amor por Marion é muito fraca, pois o ritmo de guerra, não permite a exploração desse amor. Acabamos por não saber bem como é que se apaixonam. Até os meninos órfãos da floresta, são mal explorados na história e desta vez o velho inimigo Xerife, quase que não dá um ar de sua graça.

 

A luta pela Liberdade, que acabou por ser bem explorada em Gladiador aqui não resulta. Nunca se chega a saber muito bem, que carta de cidadania é apresentada ao novo Rei João (será um protótipo das cartas de foral?) e após ter sido comandante dos exércitos do Rei, não se compreende como é que se torna proscrito com tamanha facilidade. Tem bons momentos, mas a narrativa falha algumas vezes e depois de um Robin Hood com um mouro, acho que ainda não foi desta que tivemos um filme memorável.

publicado por Ricardo Fernandes às 11:28 link do post
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05 de Maio de 2010

[SPOILERS] De alguma forma, “Supernatural” conseguiu inserir muita informação desnecessária neste episódio. Quando há um assunto resolvido, principalmente bem resolvido, creio que adicionar informação que essencialmente não leve a lado nenhum importante acaba por ser escusada e tornar aquilo que poderia ser grande em algo banal. O episódio revolve em três pontos essenciais: o vírus Croaton, o demónio Crowley (Mark Sheppard) e, por fim, Sam (Jared Padalecki). Mais aqui.

publicado por Ricardo Fernandes às 12:13 link do post
22 de Março de 2010

Adoro Twists. Quando são bem feitos, quando não são previsíveis. Shutter Island só tinha 2 hipóteses: o caminho que seguiu ou que a ilha estivesse já controlada por maníacos, quando os marechais lá chegam. Para mal dos meus pecados não foi o segundo n mas felizmente Scorcese e o maravilhoso elenco, proporcionam uma grande aventura onde até Di Caprio emociona e consegue bons momentos dentro de água, mas esperava um outro twist, um que não fosse tão previsível. Bons twists são os de Saw, The Village e até Old Boy.

 

6/10.

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22 de Março de 2010

Vou seguir o exemplo, tal como no blog Dear Cinema, da divertidíssima senhora Rita Ralha, em que as críticas são curtas e simples, porque tempo é dinheiro e com isso vou começar a escrever sobre as críticas de uma forma extremamente sucinta.

 

The Hurt Locker, vale pelo factor surpresa, pela forma como é filmado e pelo elemento quase “Hitchcockiano” de matar todos os actores conhecidos (Guy PearceRalph Fiennes) após minutos de entrarem em cena. Não achei a história inovadora, tirando o deserto e o cenário de guerra é um tema batido e recorrente na condição humana, chega até a rebuscar elementos até de filmes como Mar em Chamas. É no entanto visceral na maneira como nos mostra esta guerra.

 

Bigelow (BAM BAM) revelou-se uma artista, que gere com mestria todos os intervenientes deste filme.

 

7/10.

publicado por Ricardo Fernandes às 12:00 link do post
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12 de Março de 2010

Muito se fala da Alice in Wonderland de Tim Burton e como fã que sou dele, gostei bastante. O que conheço de Alice é o que via na série nipónica com genérico holandês e sendo que nunca li os livros de Lewis Carrol, não faço a mínima ideia se segue as linhas de orientação, mas que tudo estava soberbo, é um facto. Senti falta do Humpty Dumpy (é assim?) e acho que não era necessário um romance entre o Chapeleiro Louco e Alice, mas ainda assim achei aquele mundo simplesmente magistral. Claro que magistral também é Johnny Depp. Pensar que a criatura não tinha intenções de ser actor, acompanhando apenas um amigo quando ganhou o seu primeiro papel em Pesadelo em Elm Street. É certo que teve alguns tiques de Jack Sparrow, mas ele consegue sempre dar novas dimensões aos personagens. Excelente performance.

 

O único senão deste filme é que embora o mundo seja rico e vivo, perdeu com o 3D. Imagino que a versão sem 3-D traja mais cor e vivacidade aquele mundo.

 

The Wolfman, foi peculiar. Eu gostei da história, do twist que existe no decorrer dos 102 minutos de duração do filme. Tentaram fazer o filme à moda antiga. Baseando-se em Drácula de Bram Stoker, tentando criar a mesma envolvencia entre o telespectador e o fantástico, mas nos dias que correm tiveram que inovar. Gostei do cenário, daquela Londres antiga (embora não tanto como em Sherlock Holmes), o elenco é sólido, mas depois Benício del Toro entra em cena… Ele não serve para este tipo de filme. Os seus últimos minutos de actuação foram no mínimo ridículos. Ele faz bem de drogado, ou de drogado! Mantenha-se assim! Mas pronto é Benicio del Toro… o que é se pode fazer… Tirando este pormenor, tudo o resto é convincente. É uma história clássica sobre Lobisomens, um conto eterno de Lobisomens com grandes actuações de Sir Anthony Hopkins, Emily Blunt, Hugo Weaving e enfim… o péssimo Benicio Del Toro.

publicado por Ricardo Fernandes às 12:03 link do post
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22 de Fevereiro de 2010

 

Exceptuando o bate-boca de António-Pedro Vasconcelos e Vasco Câmara da Ípsilon, que o apelidou de filme Xunga e de Junk Food, a crítica em torno dele parece ser que o filme é o que é: uma comédia romântica.

 

Ora, segundo o se lê o filme é igual a tanto outros de outras nacionalidades, sem inovar em qualquer campo, podendo ser visto em qualquer local do mundo que se aplicará aí. Verdade, mas para mim é uma lufada de ar fresco. O filme foi bem estruturado, bem escrito por Tiago Santos e bem representado por todos os actores presentes: Marco D’Almeida, Soraia Chaves, Pedro Laginha, Maria João Falcão, Virgílio Castelo, com participações especiais de Ivo Canelas, de Nicolau Breyner e com um surpreendente estreante Nuno Markle que faz as delícias da plateia como elemento cómico que se destaca entre os demais.

 

A Bela e o Paparazzo foi na sua essência criticado por ser um Nothing Hill português. No fundo e na sua essência é uma cópia das comédias românticas Norte-Americanas. Não tem como objectivo transmitir nada de novo, a não ser proporcionar um belo serão. E que mal é que tem?

 

Que mal têm filmes que servem única e exclusivamente para entreter numa tarde de domingo? Eu ri-me com as peripécias de Markl e a sua demanda de tornar o prédio um país independente, ri-me das suas t-shirts e adorei ver Lisboa no filme.

 

É um filme de tarde de domingo, uma comédia romântica ao jeito das norte-americanas que existem aos milhares… E depois? Ao menos é cinema em Português! 

publicado por Ricardo Fernandes às 11:31 link do post
18 de Fevereiro de 2010

 

 [SPOILERS] Boa… mais um episódio da semana. Depois do falhanço que foi o último episódio em termos de andamento no arco principal da série, foi hora de retornar o monstro da semana.

 

O resto aqui. 

publicado por Ricardo Fernandes às 12:08 link do post
28 de Julho de 2008

Não podemos pensar em The Dark Knight como um filme isolado, ou uma sequela de Batman Begins. Tem as suas particularidades, que o tornam único... gigante até, mas não o poderemos ver apenas como o seguinte. A história que conta o início, mostra-nos que o maior inimigo de Batman é ele próprio, a dualidade entra vingança e justiça, bem como a definição desses conceitos, no fundo prepara Bruce Wayne, para aquilo que temos neste filme. Para isso, Nolan e Goyer não cairam na tentação de escolher inimigos que fossem capazes de ofuscar Batman, mantendo como já disse os pés bem assentes na terra. A prioridade aqui, não era a sua guerra Ras Al’Gul/Scarecrow mas sim a sua batalha interna. Para além do mais, o final é claro: o maior inimigo de Batman está para chegar. É caso para dizer... as “cartas” estão lançadas.

Joker é o maior inimigo de Batman. Se no filme anterior havia o tema de vingança e o tema de Justiça onde Ras Al’Gul é a vingança e Rachel Dawes a Justiça, que Bruce Wayne alterna entre os dois ao longo do filme, com Joker isso não existe. Se Batman é Justiça e define-se por um conjunto de regras que o levam a praticar o que considerado certo, Joker é a Anarquia. Se o primeiro for harmonia o segundo é o Caos! Se um é o constante o outro o inconstante. Sem escrúpulos ou preocupações Joker é a desordem, a raiva, caos, loucura e anarquia contidas numa única personagem. Ao longo do filme, ficamos sem saber se havemos de rir ou se o horror nos assolou. Assim é o Joker de Heath Ledger. Um Ledger, que de tão brilhante, acaba por roubar todos os momentos em cena. Desengane-se quem pensar que é uma declaração por simpatia. Não o é. Com o que vi? Nunca o poderia ser.

Aaron Eckhart dá vida ao nobre Harvey Dent. A sua actuação é do melhor que este filme tem para oferecer. Se não é o melhor é porque o Joker de Ledger é apenas algo de extraordinário. Harvey representa o herói que Batman não é nem poderá nunca ser. É o herói que tem uma cara, que luta pelo seu povo, que tem o apoio e simpatia de todos. No entanto sobre uma transformação física e psicológica de tal forma que altera por completo o rumo da sua persongem (a soma de Batman e Joker num só), revelando a versatilidade de Eckhart como um excepcional actor.

Christian Bale é Batman e não outro a quem figure melhor a personagem. Neste filme não dá tanto nas vistas, mas a culpa não é dele, é do Joker. Maggie Gyllenhall dá uma outra dimensão ao papel de Rachel Dawes, que Katie Holmes tratou como pode. Morgan Freeman e Michael Caine acrescentam às personagens o charme e o carisma que lhes é reconhecido enquanto actores, aplicando-se o mesmo a Gary Oldman. Tivemos inclusivamente direito a pequenas actuações de Anthony Michael C. Hall (The Dead Zone), de William Fichtner (Prison Break) e até de Nestor Carbonell (Richard em Lost), que só acrescentam a classe a este já grande filme.

A história foi desenhada por Goyer (o mesmo que nos trouxe a maioria dos argumentos de filmes baseados em BD, inclusivamente a direcção de Blade Trinity) e transformada em argumento pelos irmãos Nolan. Esta trindade nunca cedeu a tentações fáceis e navegou o argumento com precisão e classe. Nunca se explica porque Joker existe ele apenas é. Como o nosso amigo JB disse e muito bem “As forças da natureza não se explicam”.  Christopher Nolan já conhecemos e sabemos o que sabe fazer com a camera. Desde as sequências brutais de perseguições com o Batmoblie e “Motamobile” à fuga de Batman no Japão, não há melhor arte em movimento do que esta. Nolan é ainda brilhante o suficiente para homenagear o Batman de Tim Burton em pelo menos duas cenas. Mas foi sobretudo a conjugação do tema presente neste filme, que acaba por definir este grande realizador. Não acho que o grande tema deste filme seja novamente uma dualidade entre cair no caos de Joker ou seguir o caminho por si já definido. Nolan deu o passo seguinte e depois da Justiça, trouxe-nos o poder do sacrifício.

Foi com essa perspectiva, com a morte de Ledger e com a fantástica campanha viral que chegamos às portas de Gotham uma vez mais. Os  mais cépticos afirmam hoje que o filme foi demasiado cotado, mas não foi. Vi o melhor e maior filme de super-heróis alguma vez feito. “The Dark Knight” deve ser de ora em diante, a formula de todos os filmes deste género. É uma ode ao cinema, onde de uma vez por todas se prova que não é preciso ser experimental ou versar sobre um tema polémico para ser um filme extraordinário e digno de Óscar.

10/10

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21 de Julho de 2008

Sou só eu, ou começamos a ouvir a palavra IKEA com demasiada frequência no cinema? Baboseiras à parte estamos perante o filme mais frenético da era Pré-Dark Knight. Também baseado numa BD que eu desconhecido, é acção do inicio ao fim onde a certos momentos encosta o nosso querido Matrix a um canto.

Aliás falar em Wanted é falar numa mistura saudável de Fight Club e de Matrix/ 300 e todos os filmes que usam e abusam do efeito slow / fast motion. A primeira parte do filme é relatada pelo próprio interveniente James McAvoy (Wesley Gibson) onde a comparação com a personagem sem nome de Edward Norton no seu papel de Fight Club, não pode deixar de ser feita. A menção ao IKEA não é por acaso. Ou então pura e simplesmente a BD é assim (pelo menos é o que dizem...) e com este relato "on going"  durante parte do filme, estamos entretidos enquanto vemos os efeitos especiais que sugerem os filmes acima mencionados. Para além do mais é óptimo ver um filme com o Morgan Freeman em que a voz "off" não é a dele.

 

Claro está que onde este é melhor que qualquer um deles é na “leading lady” que é... pronto... é aquele colosso. E nem me venham dizer que a personagem na BD não é assim, que é de outra cor, que eu não quero saber. O Peter Parker também tem ar de homem na BD e aquele escolhido tem o ar mais amaricado possível. No fundo Timur Bekmambetov faz um filmaço, na sua estreia pelo cinema norte-americano e logo com um elenco de primeira: o já mencionado James McAvoy, Morgan Freeman e Angelina Jolie.

Há séculos atrás foi fundada uma sociedade secreta de assassinos. Esses assassinos são indivíduos com habilidades extraordinárias que procuram devolver algum equilibrio ao mundo com mortes especificas. É a máxima dos fins justicarem os meios uma vez que cada morte previne milhares. Cada morte é apurada através de uma técnica milenar onde se lê o nome do alvo numa máquina de tecelagem. Ora o nosso herói, é um rapaz que tem uma vida normal e aborrecida. Uma chefe que odeia, uma namorada que o trai com o melhor amigo (isto n é muito normal), resumindo uma vida que odeia. Tudo se altera quando Kat (Angelina Jolie), vem trazer-lhe a notícia que o pai que nunca conheceu (sendo ele a elite dos assassinos), foi morto e que agora o autor da sua morte virá atrás dele. Se o filme até então tinha tido muita piada e tinha sido muito engraçado, começa a ser acção, acção, acção até final. Mesmo os momentos em que o rapaz se treina, são apelativos e até ao segundo final do filme. Vibrei como há muito não o fazia numa sala de cinema. E da Lusomundo o que é de estranhar!

Que venha agora The Dark Knight.

9/10

publicado por Ricardo Fernandes às 22:32 link do post
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21 de Julho de 2008

Fartei-me de bocejar. Não é que não aprecie o esforço que nuestros hermanos fazem no cinema, principalmente no cinema de terror/ suspense, mas para além de imaginar outro tipo de história, só realmente fiquei de boca aberta no final do filme. Quero dizer que nem tudo o vem do outro lado da fronteira é bom.

Na sua maioria o filme é chato e aborrecido, onde várias ideias parecem quase despontar, mas que não chegam a lado nenhum e acabam por ser apenas mais um elemento no filme. É mais uma história como tantas outras que se fosse um filme norte americano, estaria ao nível de um Prom Night.

O Orfanato conta a história de uma familia que vai viver para um antigo orfanato, onde cresceu Belen Rueda (Laura) a actriz principal do filme. O plano é reconstrui-lo e torna-lo numa casa de acolhimento para crianças especiais. Após a reconstrução o casal faz uma festa de abertura do mesmo, o unico filho desaparece sem deixar vestigios. Explorando um pouco o que foi do caso Maddie e outro desaparecimento de uma rapariga de etnia cigana em Espanha, o filme torna-se a procura incessante de uma mulher pelo filho, ao mesmo tempo que vai tendo uns rasgos de misticismo que não se explicam, nem sequer fazem sentido, embora percebamos onde querem chegar. Salvando-se ao desastre completo, o final é anormalmente violento psicologicamente. Há um twist que quase ninguém espera e que é muito bem orquestrado por Juan Antonio Bayona.

Esse final realmente é a salvação do filme, mas é um final que não necessitava de toda a tentativa de um filme de sustos. Podia ser trabalhado de outra maneira tendo na mesma este twist poderoso, que Shyamalan não teve em The Happening.

5/10

publicado por Ricardo Fernandes às 22:19 link do post
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2016...Para Luz eu te ordeno!..Para luz eu te Orde...
De mora muito parece que n gosta de ganhar dinheir...
Postagem de 2006 comentários 2012 e ja no final de...
To esperando até hoje!! kkk..
cara o jason é o maior maniaco dos filmes o filme ...
Eu me apaixonei com ele
2014 E NADA DE CONSTANTINE 2 ???????????
Gosto muito deste filme não só gosto...
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