Este é um daqueles filmes destinado a ser amado, ou odiado. Eu felizmente farei sempre parte dos primeiros, aqueles que amam o filme.
Dois jovens aspirantes a mágicos em pleno século XIX, vão competir entre si para provarem quem é o melhor “ilusionista” vivo. Mais do que um filme sobre ilusionismo ou demasiado fantasista, trata-se de um filme com os pés bem assentes em terra firme, que vai alternar temas, como vingança, obsessão, crueldade, amor. É curioso como alguns dos temas são recorrentes em filmes de Christopher Nolan (Memento, Batman Begins).
“Are you watching closely?”, é precisamente a dica para entendermos este filme. Se estivermos com atenção, conseguimos captar todas as pistas, bem montadas e entrelaçadas que precisamos para deslindar o filme. Seria cruel da minha parte revelar mais sobre esta obra do cinema, Sendo que consigo compreender a insuficiência para levar alguém ao cinema. Se não confiam em mim quando digo “vejam o filme”, confiem nas cinco razões que vos aponto:
- Christopher Nolan. O mentor, realizador e co-escritor deste filme. Com imensas provas dadas.
- Christian Bale. Conhecem-no de Batman Begins, mas a carreira dele está magistrada de pérolas como “American Psicho” ou “The Machinist”. Ele é de facto um excelente actor.
- Hugh Jackman. Talvez o novo menino bonito de Hollywood com mais talento desperdiçado em filmes menores, dos últimos 5 anos.
- Scarlett Johansson. Mais que corpo e cara ela também sabe representar… quem diria?
- Michael Caine. Querem mesmo que eu escreva?
Se isto não chega sempre podem ver o David Bowie num papel muito curioso.
Em suma, “The Prestige” é um jogo de polícias e ladrões, que nos faz reflectir sobre a moral e a condição humana.
9/10.