Muito se escreveu e falou sobre o quão maravilhoso é este filme. O quão sublime e maravilhosamente orquestrado é enquanto arte. É de facto arte, mas arte simplista, minimalista talvez. Não quero dizer com isto que o filme é pobre ou despojado de conteúdo , bem pelo contrario, mas é talvez simples demais para uma campanha publicitária estupenda e talvez mais que isso: a moda que é um filme indie nos dias de hoje.
Quando o ano passado deu a conhecer ao mundo uma louca roadtrip " de uma família num pão de forma amarelo", as pessoas na sua generalidade souberam o que é o cinema indie . Tal e qual moda, este ano não podia deixar de ter nos Óscares o filme indie deste ano. Mas Juno não chega sequer aos calcanhares do que foi produzido e majestosamente orquestrado em Little Miss Sunshine ". Infelizmente é-me inevitável comparar os dois. São... isto custa escrever, do mesmo "segmento".
Juno traz-nos a história de uma rapariga que após um encontro fortuito, mas premeditado, cuja acaso e certeza na sua cabeça (a de Juno), de uma tarde de sexo, deixa-lhe um presente inesperado: uma gravidez de adolescente. Como se o mundo fosse perfeito, tudo é aceite sem grandes discussões. A madrasta, o pai e os amigos todos aceitam este facto com elegante naturalidade e até apoiam a pobre, mas muito dotada, rapariga. No auge da sua adolescência, a rapariga reconhece estranhamente que não tem capacidade para criar o futuro rebente e resolve dá-lo para adopção. Esta no entanto será nos seus termos e depois de alguma pesquisa, encontra o casal perfeito ou "quase perfeito".
Para não me alongar na história, sobre pena de estragar o filme a alguém , acabo aqui. Acabo, mas começo então a explicar o porquê do minimalismo que acuso o filme. Tudo nele é simples e demasiado obvio. A história é apenas mais uma. Não trás nada de novo e não demonstra nada que nos deixe de agua na boca a sair da sala de cinema. Muito menos onde digamos: Sim Sr. Este é um filme digno de Óscar!
Ellen Page pode ou não ter futuro à frente. Não conheço mais nada dela, para saber se este é o tom natural dela, ou se nos poderá dar algo mais, sendo uma actriz de calibre, mutável perante os seus papeis. Michael Cera, o estranho namorado, também é um desconhecido para mim, terei de ver Superbad para tirar alguma ilação. JK Simmons foi uma surpresa agradável , embora o papel em Homem Aranha seja provavelmente o melhor dele. Jason Bateman e Jennifer Garner , o casal "adoptivo", são um casal que até a discutir, ou em ruptura revelam-se um pão sem sal de qualquer tipologia.
Para Jason Reitman : Tens futuro! Se há algo de muito bom a retirar deste filme é a sua realização (a banda sonora também não é nada má). Já com Thank Your For Smoking eu tinha a sensação que este rapaz há-de ir longe e a forma como ele pega neste argumento, que para mim é pobre e o desenvolve para um pouco mais é digno de ser, isto sim, arte.
Para muitos um excelente filme, para mim, mais um entre tantos.
Quando o ano passado deu a conhecer ao mundo uma louca roadtrip " de uma família num pão de forma amarelo", as pessoas na sua generalidade souberam o que é o cinema indie . Tal e qual moda, este ano não podia deixar de ter nos Óscares o filme indie deste ano. Mas Juno não chega sequer aos calcanhares do que foi produzido e majestosamente orquestrado em Little Miss Sunshine ". Infelizmente é-me inevitável comparar os dois. São... isto custa escrever, do mesmo "segmento".
Juno traz-nos a história de uma rapariga que após um encontro fortuito, mas premeditado, cuja acaso e certeza na sua cabeça (a de Juno), de uma tarde de sexo, deixa-lhe um presente inesperado: uma gravidez de adolescente. Como se o mundo fosse perfeito, tudo é aceite sem grandes discussões. A madrasta, o pai e os amigos todos aceitam este facto com elegante naturalidade e até apoiam a pobre, mas muito dotada, rapariga. No auge da sua adolescência, a rapariga reconhece estranhamente que não tem capacidade para criar o futuro rebente e resolve dá-lo para adopção. Esta no entanto será nos seus termos e depois de alguma pesquisa, encontra o casal perfeito ou "quase perfeito".
Para não me alongar na história, sobre pena de estragar o filme a alguém , acabo aqui. Acabo, mas começo então a explicar o porquê do minimalismo que acuso o filme. Tudo nele é simples e demasiado obvio. A história é apenas mais uma. Não trás nada de novo e não demonstra nada que nos deixe de agua na boca a sair da sala de cinema. Muito menos onde digamos: Sim Sr. Este é um filme digno de Óscar!
Ellen Page pode ou não ter futuro à frente. Não conheço mais nada dela, para saber se este é o tom natural dela, ou se nos poderá dar algo mais, sendo uma actriz de calibre, mutável perante os seus papeis. Michael Cera, o estranho namorado, também é um desconhecido para mim, terei de ver Superbad para tirar alguma ilação. JK Simmons foi uma surpresa agradável , embora o papel em Homem Aranha seja provavelmente o melhor dele. Jason Bateman e Jennifer Garner , o casal "adoptivo", são um casal que até a discutir, ou em ruptura revelam-se um pão sem sal de qualquer tipologia.
Para Jason Reitman : Tens futuro! Se há algo de muito bom a retirar deste filme é a sua realização (a banda sonora também não é nada má). Já com Thank Your For Smoking eu tinha a sensação que este rapaz há-de ir longe e a forma como ele pega neste argumento, que para mim é pobre e o desenvolve para um pouco mais é digno de ser, isto sim, arte.
Para muitos um excelente filme, para mim, mais um entre tantos.
7/10